NotíciasPolíticaContadora de histórias faz performance contra procedimento de aborto no Senado

Contadora de histórias faz performance contra procedimento de aborto no Senado

O convite foi realizado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE)

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/YouTube /TV Senado

Nesta segunda-feira (17), durante uma audiência no Senado Federal que discutia o procedimento de assistolia fetal como parte do debate sobre o aborto legal, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) convidou Nyedja Gennari, conhecida por suas performances como contadora de histórias, para narrar um texto fictício que se posicionava contra esse método.

Nyedja Gennari, que também se identifica como escritora, professora e arte educadora nas redes sociais, apresentou um relato emocional sobre um suposto feto no momento em que seria submetido à assistolia fetal. A performance, que durou aproximadamente cinco minutos, foi descrita por Gennari como um apelo à reflexão sobre as consequências do aborto.

"Essa história, embora trágica, dolorosa, é um chamado à reflexão para que todos compreendam a seriedade e as consequências do aborto", afirmou Gennari ao concluir sua apresentação.

Antes da audiência, a contadora de histórias manifestou suas expectativas nas redes sociais, descrevendo o texto como profundo e pesado.

Esta não foi a primeira vez que Nyedja Gennari foi convidada por Eduardo Girão para participar de eventos semelhantes. Entre 2019 e 2022, ela atuou como auxiliar do senador Izalci Lucas (PL-DF), realizando apresentações similares.

Após a performance na audiência do Senado, o trecho da narração de Gennari repercutiu intensamente nas redes sociais, gerando críticas e um movimento de hostilidade contra ela.

"Em nenhum momento fui a favor de estuprador. Minha história era para falar da assistolia fetal", esclareceu Gennari em resposta às reações negativas. "O que estou vendo são ameaças, até ameaças de que vão me bater", lamentou.

Diante das ameaças recebidas, Nyedja Gennari decidiu privar sua conta no Instagram e informou que pretende registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia. "Por que eu sou contra o aborto isso pode acontecer?", questionou ela, destacando a gravidade das ameaças que enfrentou.

 

A audiência foi solicitada com o objetivo de discutir a assistolia fetal em casos de aborto previstos em lei, quando há probabilidade de sobrevida do feto em idade gestacional acima de 22 semanas, conforme o requerimento apresentado. Entre os participantes, estavam o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, e representantes do movimento pró-vida, como Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil sem Aborto.

Tags

Notícias Relacionadas