Com investigações do STF, senador Marcos do Val é afastado para tratamento de saúde

Nesta quinta-feira (4), o Senado Federal determinou o afastamento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de suas atividades legislativas por 115 dias para tratamento de saúde, que não foi especificado. Segundo as regras do Senado, afastamentos por motivo de saúde são remunerados e podem ser renovados. 

Caso o período de licença seja menor do que 120 dias, como é o caso de Marcos do Val, não há convocação de suplente. Além disso, o regimento prevê que o senador pode desistir da licença a qualquer momento.

O parlamentar é suspeito de promover uma campanha para intimidar e constranger policiais federais responsáveis por investigações em andamento na Corte. Além disso, ele está sendo investigado por supostamente ter arquitetado um plano para anular as eleições de 2022.

“Os fatos estão ligados a uma campanha de ataques institucionais contra o STF e a Polícia Federal, incluindo a divulgação de dados pessoais de delegados que atuam em investigações na Corte”, explicou o Supremo Tribunal Federal (STF).

Devido às investigações, ele estava proibido de deixar o país desde o ano passado, mas descumpriu às restrições ao viajar para a Disney. Em julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, obrigou o senador a usar tornozeleira eletrônica, além de bloquear suas contas bancárias. 

Com o afastamento decidido nesta quinta-feira, Moraes relaxou algumas das medidas cautelares impostas contra o senador. 

Veja quais:

• desbloqueio de salário e verbas de gabinete do parlamentar;
• revogação da tornozeleira eletrônica, bem como da proibição de deixar a comarca e do recolhimento domiciliar noturno e em fins de semana e feriados;
• o fim da proibição de uso das redes sociais, seja diretamente ou por intermédio de terceiros.

Contudo, Alexandre de Moraes decidiu manter a proibição para que Marcos Do Val deixe o Brasil e a apreensão de passaportes.