Brasil retorna para a União de Nações Sul-Americanas após quatro anos
País ficou fora da União do bloco durante o governo de Jair Bolsonaro
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O presidente Lula (PT) publicou, nesta quinta-feira (6), um decreto que promulga o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, mas a medida só entrará em vigor a partir do dia 6 de maio.
A Unasul é uma organização internacional desenvolvida em 2008, quando os países da região eram governados majoritariamente por presidentes de esquerda, entre os quais Lula (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Michelle Bachelet (Chile).
O grupo tem como função realizar uma integração entre os países-membros para "eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência dos Estados".
Em abril de 2019, ainda em meio ao governo de Jair Bolsonaro, o Brasil deixou o bloco depois da criação de um novo fórum composto por países da sul-americanos, o Prosul.
Nos últimos anos, a Unasul passou por um processo de enfraquecimento por causa de discordância no funcionamento no bloco. Países como Argentina, Colômbia e Peru suspenderam a participação. Em 2019, o Chile saiu do bloco e pediu a devolução do edifício-sede da organização.
Lula estava articulando o retorno do Brasil à Unasul. Na quinta-feira, segundo o g1, fontes do governo informaram que a expectativa é que o anúncio seria oficializado em meio às agendas dos 100 dias da nova gestão, nas próximas semanas.
Além do Brasil, a Argentina também se prepara para voltar ao grupo. Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández, têm defendido maior integração entre os países da América do Sul, além do fortalecimento do bloco do Mercosul, que também conta com Paraguai e Uruguai.