Tio de cigana morta admite romance com sogra da vítima e relata ameaça
Justiça decreta mandado de busca e apreensão e internação de 14 anos, marido de Hyara, também de 14 anos — ele é apontado pelo pai da garota como autor do crime
Foto: Reprodução/Redes sociais
O tio paterno da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves, morta a tiros aos 14 anos, admitiu que vivia um romance com a sogra da garota há seis anos, na cidade de Gartinga, no extremo-sul da Bahia. A declaração foi veiculada pelo jornal O Globo. Nesta segunda-feira (17), a Justiça decretou um mandado de busca e apreensão e um de internação do suspeito de matar Hyara, marido da jovem e suspeito de assassiná-la. Ele é procurado por todo o país.
A família de Hyara, o entanto, diz acreditar que um caso extraconjugal entre Ricardo Silva Alves e a sogra da garota tenha motivado uma possível vingança que culminou no assassinato. A vítima e o marido, também de 14 anos, se casaram há dois meses.
Ricardo diz ter sido ameaçado de morte "com seis tiros na cara" ainda no início da relação, quando o cônjuge da parceira teria descoberto o caso, segundo O Globo. Ele também afirmou que a relação seria de conhecimento da comunidade cigana de Guaratinga, onde ocorreu o crime, e que a parceira o presenteava com artigos caros para não pôr fim à relação.
O tio da vítima alegou que supostamente não conseguia terminar o relacionamento, e que a mulher já teria tentado se suicidar após tentativas de separação. "Era uma situação muito complicada", afirmou, completando que nunca imaginou que a sobrinha pudesse ser vítima por essa razão.
Os encontros escondidos ocorriam na cidade de Eunápolis (BA), onde a parceria dizia encomendar roupas a uma costureira. "Todo mundo desconfiava. Eu tentava não deixar na cara, mas [ela] não conseguia. Ela me dizia que o marido batia muito nela".
O marido de Hyara, a mãe e pai dele e outro familiar do adolescente estão foragidos desde a morte da garota. O marido de Hyara é considerado suspeito da morte pela polícia, que investiga o caso como feminicídio, e a corporação pediu a internação dele à justiça. Um tio do adolescente disse ao Fantástico (TV Globo) e à polícia que viu o garoto com uma arma na mão "tentando arrancar o carregador" dela enquanto a jovem estava "caída no chão, sangrando pela boca e o nariz".
Eu disse que era melhor pararmos de nos encontrar. Ficamos afastados e voltamos a nos falar há uns 90 dias. Até que aconteceu a tragédia.