Premiê da Espanha prega 'tolerância zero' contra racismo
"Ódio e a xenofobia não têm ter lugar no nosso futebol e na sociedade", escreveu Pedro Sánchez
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez usou as suas redes sociais para engrossar a campanha de combate ao racismo nesta segunda-feira (22), após os episódios de domingo (21), em que o brasileiro Vinícius Júnior voltou a ser alvo de atos racistas em partida do Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol. O líder político apoiou o uso da tolerância zero para tentar banir esse tipo de preconceito dos estádios de futebol da Espanha.
"O esporte se fundamenta nos valores de tolerância e respeito. O ódio e a xenofobia não têm ter lugar no nosso futebol e na sociedade", diz trecho em sua rede social numa clara contestação às provocações feitas pelos torcedores do Valencia durante a partida do último domingo, no estádio Mestalla.
Sánchez postou ainda um comunicado oficial do Conselho Superior de Esportes a fim de reforçar a posição do governo de não acatar tais atitudes. "Estes incidentes são intoleráveis e absolutamente condenáveis não só no espaço esportivo, mas num país como a Espanha, uma terra acolhedora que faz da diversidade a sua bandeira. A xenofobia demonstrada por alguns fanáticos nos constrange como sociedade e como esporte", diz parte do texto documento.
O comunicado oficial enfatiza que o governo vai propor à Federação Espanhola de Futebol e à Primeira Divisão da Liga de Futebol profissional uma campanha de conscientização. Esse movimento deve envolver os capitães das equipes, tais como figuras de relevância do esporte nacional.
"O Conselho Superior do Desporto comunica que irá propor à Real Federação Espanhola de Futebol e à Liga, o desenvolvimento de uma campanha de sensibilização dirigida aos adeptos, na qual são chamados a participar os capitães dos clubes de futebol espanhóis, bem como ações concretas para combater contra o flagelo do racismo e da xenofobia e também o discurso de ódio no esporte", encerra o texto postado por Pedro Sánchez.