Bolsonarista que matou tesoureiro do PT é condenado a 20 anos de prisão

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13), a 20 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Marcelo foi morto durante a própria festa de aniversário de 50 anos, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná. O evento tinha como tema o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Guaranho, que é bolsonarista, foi condenado por homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil (devido à divergência política) e por expor outras pessoas a perigo (já que atirou contra a vítima em um local com várias pessoas presentes, colocando-as em risco). A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. O ex-policial, que estava em prisão domiciliar, poderá recorrer da decisão, mas saiu do tribunal preso novamente. A Polícia Penal do Paraná definirá para qual presídio ele será enviado. O julgamento ocorreu na Vara do Júri de Curitiba, dois anos e meio após a morte de Arruda.

A magistrada leu a sentença na tarde desta quinta-feira (13). A maioria dos sete jurados considerou que o ex-policial penal é culpado pela morte de Marcelo. Foram escolhidos, por sorteio eletrônico, sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens. As decisões em um júri popular são tomadas por maioria de votos, ou seja, não é necessária a formação de unanimidade.