NotíciasEntretenimentoDestaque da Jacuipense, Welder relembra dificuldades na infância

Destaque da Jacuipense, Welder relembra dificuldades na infância

Atacante de 27 anos herdou o sonho de virar jogador profissional do seu pai

| Autor: Redação

Foto: Hilton Oliveira / EC Jacuipense

Destaque da Jacuipense na grande temporada de 2022, o atacante Welder contou sobre as dificuldades que viveu na  comunidade pobre onde nasceu, o Morro do Santana, no bairro de Vila Jardim, na cidade de Porto Alegre. Ele conviveu com a violência urbana, perdeu o pai com apenas onze anos e teve sua infância encurtada. Se casou aos 14 anos e já precisou assumir responsabilidades financeiras com a família.

"A gente se virava do jeito que podia, né? Eu sou de uma família humilde, vim de uma comunidade bem carente, bem precária. Então a gente procurava se virar da forma que podia", lembrou o atacante.

O sonho de se tornar jogador de futebol veio através do seu pai, que morreu quando Welder ainda era garoto.

"Foi complicado, porque, na hora que meu pai faleceu, eu não chorei por isso. Eu dispersei meu luto de outra forma. Eu acabei dando complicações para minha mãe na escola, me envolvendo com umas coisas da comunidade onde eu morava, que não é uma comunidade muito boa, infelizmente" contou.

A vontade de realizar o sonho do pai fez com que Welder tivesse uma reviravolta na vida, mudando de planos para o futuro.

"O futebol começou para mim de uma forma que foi muito rápido. Foi uma coisa inesperada. Quem está perto de mim sabe que não era meu desejo ser jogador de futebol. Foi uma coisa que aconteceu depois do falecimento de meu pai, quando eu tinha onze anos. Era um sonho dele que eu fosse jogador, então, depois que ele faleceu, eu fui ter esse gostinho de buscar o sonho dele", explicou.

“Táxi clandestino, servente, a gente se virava do jeito que podia”, o atacante contou que precisava alternar em outros empregos para sustentar sua família.

Com dois gols e uma assistência em quatro jogos, o jogador diz que almeja o título estadual.

"Eu fico muito realizado. Quero alcançar voos mais altos. A gente já mostrou (a força da Jacuipense). A gente consegue, sim (brigar pelo título)", garantiu o atleta.

 

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