NotíciasEconomiaDólar volta a subir após novos 'embates' entre China e Estados Unidos

Dólar volta a subir após novos 'embates' entre China e Estados Unidos

O aumento foi de 0,92%

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Freepik

Nesta quinta-feira (10), o mercado financeiro brasileiro sentiu o peso de mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que parece longe de um desfecho. O dólar comercial fechou o dia a R$ 5,899, uma alta de 0,92% em relação ao dia anterior, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,13%, encerrando em 126.355 pontos. A escalada das tensões começou a ganhar força após a Casa Branca confirmar que as tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses chegariam a 145%, corrigindo uma informação anterior de 125%.

O vaivém do mercado reflete a incerteza global. Pela manhã, investidores ainda tentavam lucrar com a alta recente da bolsa, mas o clima mudou quando as novas tarifas foram confirmadas. A China, maior parceira comercial do Brasil, está no centro dessa disputa, e o impacto não poupa países como o nosso, que dependem da exportação de commodities, como soja e minério de ferro. “É como se o mundo todo estivesse prendendo a respiração, esperando o próximo movimento”, comenta Ana Clara, uma pequena investidora que acompanha o sobe e desce da bolsa com preocupação. A possibilidade de uma recessão global, levantada por analistas, deixa o futuro ainda mais nebuloso, especialmente para trabalhadores que temem os reflexos no emprego e no custo de vida.

No meio desse turbilhão, o presidente americano, Donald Trump, acenou com a possibilidade de um acordo com a China, mas a promessa soou mais como uma brisa leve diante de um furacão. A realidade é que as tarifas, que já mexem com cadeias de suprimento globais, afetam diretamente países emergentes como o Brasil. Empresas como Petrobras e Vale, gigantes no mercado de commodities, viram suas ações oscilarem, refletindo a fragilidade do momento. Para quem vive longe das salas de negociação, como Seu José, dono de uma mercearia em São Paulo, o impacto é mais concreto: “Se o dólar sobe, o preço do óleo e do arroz sobe junto. E aí, como explico pros clientes?”
 

Tags

Notícias Relacionadas