Dólar volta a cair após isenção de impostos por Trump e chega a R$ 5,85

O mercado financeiro brasileiro registrou um dia de alívio nesta segunda-feira (14), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a isenção de tarifas para produtos eletrônicos, incluindo smartphones e computadores, muitos deles fabricados na China. A medida trouxe impacto positivo para moedas de países emergentes, como o real, e impulsionou o mercado de ações. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,851, com queda de 0,34%, enquanto o índice Ibovespa subiu 1,39%, alcançando 129.454 pontos, o maior nível desde o início do mês.

A decisão de Trump reverte parcialmente a taxação de 145% aplicada a produtos chineses e foi bem recebida pelos mercados globais. A isenção também beneficiou commodities, como petróleo e minério de ferro, que tiveram recuperação nos preços, favorecendo economias exportadoras como a brasileira. Apesar do alívio momentâneo, analistas alertam que o cenário internacional permanece volátil, especialmente com a sinalização de novas tarifas sobre semicondutores.

Durante o dia, o dólar chegou a cair para R$ 5,82 pela manhã, mas apresentou oscilações ao longo da tarde, refletindo a instabilidade nos mercados internacionais. Ainda assim, a moeda norte-americana acumula alta de 2,54% em abril, mas registra queda de 5,32% no acumulado do ano. O desempenho do Ibovespa foi impulsionado por ações de tecnologia e pelo otimismo gerado pela flexibilização tarifária, que trouxe fôlego para investidores.

A medida de Trump é vista como uma tentativa de aliviar tensões comerciais e estimular a economia global, especialmente em um momento de desaceleração econômica na China, maior consumidora de bens agrícolas e minerais do mundo.