Rodoviários demitidos da antiga CSN fazem mais um protesto no Centro de Salvador
Grupo cobra pagamento da rescisão contratual e inclusão de trabalhadores nas outras empresas que atuam no sistema de transporte da capital baiana
Foto: Hugo Freitas e Reprodução TV Bahia
Rodoviários demitidos pela Concessionária Salvador Norte (CSN) voltaram a protestar na Avenida Sete de Setembro, no bairro do Campo Grande, no centro de Salvador, na manhã desta segunda-feira (14). De acordo com o vereador e ex-rodoviário Tiago Ferreira, mais de 2,8 mil funcionários demitidos seguem aguardando rescisões. O grupo cobrou o pagamento de indenização, além dos direitos trabalhistas.
De acordo com informações da TV Bahia e da TV Aratu, o ato provocou um grande congestionamento na região, principalmente por conta de ao menos nove ônibus que tiveram seus pneus esvaziados durante o protesto.
Entre os funcionários demitidos, além das pendências trabalhistas, cerca de 800 seguem desempregados e em situação difícil. O sindicato solicita o aumento das frotas de ônibus para remanejamento dos profissionais nos dois consórcios em operação na cidade, OTTrans e Plataforma.
Ainda segundo Ferreira, foram disponibilizados dois terrenos da antiga CSN para leilão da justiça, com acompanhamento da 5ª região do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da Bahia, contando com a presença da Prefeitura e do Sindicato dos Rodoviários. Um acordo foi realizado para que a venda desses bens gerasse renda para efetuar alguns pagamentos pendentes dos trabalhadores, com a prefeitura sendo mediadora das negociações.
O vereador também informou que ainda não devem ser realizadas paralisações pelos rodoviários, mas que os protestos podem se intensificar na semana que vem.
O contrato entre a Concessionária Salvador Norte e a prefeitura de Salvador foi rescindido em 27 de março de 2021. O prefeito Bruno Reis alegou que a decisão foi tomada após relatório de auditoria indicar irregularidades na gestão do contrato, por parte da empresa. Segundo ele, o valor da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões.
*Sob a supervisão do editor Rafael Tiago Nunes