"Menos um fazendo o L", diz motorista suspeito de matar jovem atropelado
Homem também que não tiraria o carro para que a vítima não fosse socorrida
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar se um motorista por aplicativo teve a intenção de matar um homem suspeito de furtar um celular, no Viaduto Júlio de Mesquita Filho, na Bela Vista, região central de São Paulo.
A princípio, o caso havia sido registado no 78º DP como furto e morte acidental em 25 de abril. O delegado Percival Alcântara, titular do 5º DP, onde o caso é investigado, explicou ao portal g1 que o boletim de ocorrência foi realizado no plantão policial, mas agora o objetivo é apurar se o atropelamento foi proposital ou acidental.
De acordo com o boletim de ocorrência, um rapaz afirmou que estava no trânsito com as janelas abertas quando uma pessoa surgiu ao lado do seu veículo, pegou o celular no painel e saiu correndo.
Logo após, a vítima estacionou e tentou recuperar o aparelho, mas notou que o suspeito estava caído no asfalto e tinha sido atropelado por outro carro, dirigido pelo motorista por aplicativo Christopher Gonçalves Rodrigues, de 26 anos. O veículo era alugado, segundo apuração do portal g1.
Christopher alegou a policia que estava na quarta faixa quando não conseguiu parar a tempo e acabou atropelando a vítima, desceu para prestar socorro e apareceu outra pessoa e disse ter sido roubada. Ele ainda afirmou que não chegou a ver o possível furto.
O relato no boletim de ocorrência cita que a vítima estava com ferimentos graves em uma das pernas e não resistiu.
Em suas redes sociais, Christopher fez vídeos se gabando sobre o atropelamento e disse: “menos um fazendo o L [símbolo dos eleitores do presidente Lula durante as eleições]". Em determinada parte, ele afirmou que não tiraria o carro para que a vítima fosse socorrida.
Segundo o delegado do caso, após ser instaurado o inquérito, eles irão ouvir a primeira vítima, o motorista por aplicativos e os policiais.
A vítima era Matheus Campos Silva, de 21 anos. A irmã dele foi à delegacia e contou que o rapaz morava com a mãe e trabalhava como vendedor ambulante.
Segundo a Secretaria da Segurança, o autor do atropelamento foi ouvido na tarde de sexta-feira (28) no 5º Distrito Policial.