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X dribla bloqueio no Brasil com ajuda de tecnologia da Cloudflare

Serviço de proteção dificulta acesso à rede social

| Autor: Redação

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Nesta quarta-feira (18), usuários brasileiros relataram que conseguiram acessar novamente a rede social X, que estava bloqueada desde 30 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A mudança no registro dos servidores, promovida pela empresa Cloudflare, dificultou a implementação do bloqueio, de acordo com provedores de internet.

A Cloudflare, que atua como um escudo de proteção para servidores, foi contratada pela X para modificar sua infraestrutura. Essa alteração distribui o tráfego da plataforma por novas rotas, o que complica o trabalho dos provedores na tentativa de restringir o acesso, conforme explicou Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da ABRINT.

Os provedores de internet, responsáveis por bloquear o acesso ao IP da X, agora enfrentam desafios técnicos, já que o endereço de IP original foi substituído. A Anatel, por sua vez, está em contato com as operadoras para entender como proceder diante dessa nova configuração.

A utilização de um proxy reverso pela Cloudflare, que oculta o IP real da X, é uma estratégia comum no setor privado para aumentar a segurança. Segundo Pedro Diógenes, diretor técnico da CLM, esse mecanismo ajuda a proteger a infraestrutura sem afetar a experiência do usuário, funcionando como uma “barreira invisível”.

Especialistas apontam que tentar bloquear a Cloudflare poderia impactar muitos serviços legítimos, tornando a tarefa quase impossível. O diretor do ITS Rio, Fabro Steibel, ressaltou que a natureza da internet torna a restrição completa extremamente difícil, especialmente em um cenário como o brasileiro.

Embora a volta do X ao Brasil possa ter gerado incertezas, integrantes do STF afirmam que a liberação se deu por instabilidade no bloqueio. A Anatel ainda verifica os relatos de usuários e reforça que a decisão que suspendeu a rede social permanece inalterada. Com essa nova manobra, a polêmica sobre a permanência da X no país deve continuar.

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