Polícia investiga denúncia de maus-tratos contra alunos autistas em SP
Estudantes estão sem aula desde janeiro
Foto: Reprodução/G1
Uma mãe de dois adolescentes autistas, de 14 e 17 anos, denunciou o Gaia Educa TEA, escola privada que era credenciada à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, por supostos maus-tratos aos filhos.
Ao portal G1, a mãe revelou que os meninos começaram a chegar com diversos hematomas nos corpos, além de ansiedade e mais agitação do que o normal.
"Meus filhos chegavam em casa [após a aula] sujos e cheirando a fezes e urina. Ninguém na escola sabia me dizer o que estava acontecendo", contou a mãe.
A escola é específica para pessoas com o transtorno autista e deixou de ser credenciada no início deste ano, com isso, dos 89 alunos, 70 ainda aguardam uma vaga em outra escola especializada ligada ao governo. Mesmo com a ausência de vagas, mais de 15 pais e mães procuraram a Defensoria Pública do Estado de São Paulo para pedir ajuda e denunciar os supostos maus-tratos aos estudantes.
Segundo a Seduc-SP, os alunos terão que esperar mais alguns dias até que haja aprovação de novas instituições. "Os próprios responsáveis rejeitaram a oportunidade de efetuar matrícula em uma escola pública" comum, ou seja, com apoio especial de educador na instituição com alunos sem deficiência.
O sócio-administrador da escola Gaia, Jorge dos Santos, informou que os funcionários suspeitos de terem agredido os alunos, já foram afastados até que as investigações fossem concluídas.