O impacto da Inteligência Artificial na produção artística
Imagens emuladas em estilo do Studio Ghibli gerou debate entre os artistas

Foto: Reprodução
A OpenAI lançou recentemente um gerador de imagens de inteligência artificial mais avançado, que consegue imitar o trabalho da empresa de animação japonesa Studio Ghibli nas redes sociais. A nova ferramenta apresenta muita precisão e escancara o poder da tecnologia. Porém, a utilização dessas ferramentas para a criação de imagens tem gerado alerta com direitos autorais e preocupação entre os artistas.
O debate foi iniciado após a repercussão e compartilhamento das imagens nas redes sociais. Usuários do ChatGPT começaram a imitar o trabalho do amado estúdio de animação por trás de filmes como “A Viagem de Chihiro” e “O Castelo Animado”.
Internautas conseguiram recriar momentos icônicos de outras obras como também de momentos reais que marcaram a história com muita perfeição, destacando o bom trabalho feito pela IA.
Após toda a repercussão, o próprio Studio Ghibli se pronunciou sobre a ferramenta, sugerindo que usuários não usem imagens no “Estilo Ghibli”. “Nós acreditamos na autenticidade e na ética de preservar os artistas e seus trabalhos autorais. A inteligência artificial, ao emular o estilo do Studio Ghibli, fere os princípios da animação tradicional do estúdio e desvaloriza o esforço humano por trás dessas obras”, diz o comunicado da empresa.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, comentou sobre a popularidade que a ferramenta alcançou e brincou afirmando que depois de “uma década tentando ajudar a criar superinteligência para curar câncer ou algo assim”, foram as imagens do Studio Ghibli que geraram interesse viral em seu trabalho. “Ninguém se importa nos primeiros 7,5 anos, depois, por 2,5 anos, todo mundo odeia você por tudo”, escreveu ele no X.
A empresa responsável pela produção das imagens chegou a limitar o uso por usuário após toda a repercussão. Mesmo assim, as imagens seguem sendo criadas e viralizando nas redes sociais.