Justiça do Rio proíbe 'Linha Direta' de exibir assassinato do menino Henry
Elizabeth Machado Louro, juíza que concedeu a liminar, afirmou que o programa pode influenciar a opinião pública, já que o caso será submetido a júri popular
Foto: Divulgação/TV Globo
A Justiça do Rio de Janeiro vetou que fosse ao ar uma edição do 'Linha Direta', da TV Globo, sobre o assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos, em 2021. O programa seria exibido nesta quinta-feira (18).
De acordo com a 'Coluna de Patrícia Kogut', do Jornal O Globo, o Tribunal de Justiça do Rio acatou uma liminar da defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, acusado de ter matado a criança.
Elizabeth Machado Louro, juíza que concedeu a liminar, afirmou que o Linha Direta pode influenciar a opinião pública, já que o caso será submetido a júri popular. “O processo ainda pende de julgamento, e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados”, destacou.
“O réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos, e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”, completou Elizabeth.
O caso
Henry foi assassinado em 2021, quando tinha 4 anos de idade, com sinais de espancamento. Além do ex-vereador, Dr. Jairinho, a mãe do menino, Monique Medeiros, foi denunciada como cúmplice do crime. A criança era enteada do ex-parlamentar.
À época, testemunhas apontaram o então vereador como autor das agressões. Jairo Souza diz ser inocente. Ele perdeu o mandato na Câmara do Rio e teve seu registro médico cassado.