Juliana Oliveira se pronuncia sobre denúncia contra Otávio Mesquita
Foi a primeira vez que Juliana se pronuncia sobre o caso

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa The Noite, falou publicamente pela primeira vez sobre a denúncia de estupro contra o apresentador Otávio Mesquita, em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (15). Relembrando o episódio ocorrido em 25 de abril de 2016, durante uma gravação do programa, ela negou que a cena tenha sido previamente combinada, como alega Mesquita, e descreveu a ação como uma “violência” sem seu consentimento. A ex-assistente, que formalizou a denúncia ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em março de 2025, revelou sofrer ataques de haters desde que o caso ganhou repercussão, o que a levou a priorizar sua saúde mental antes de se pronunciar.
No vídeo, Juliana detalhou o ocorrido, explicando que seu papel no roteiro era apenas ajudar a retirar os equipamentos de segurança de Mesquita, que entrava no palco pendurado de ponta-cabeça. “Ele já chegou com as duas mãos na minha bunda, no meu peito. Eu dei um chega pra lá, mas ele não parava. Quando desvirou, foi pior: me agarrou à força, colocou minha cabeça entre as pernas dele”, relatou. Ela afirmou ter reclamado imediatamente à produção, ao apresentador Danilo Gentili e à direção do programa, mas não recebeu apoio. Segundo Juliana, o SBT ignorou suas queixas, e, em ocasiões posteriores, a equipe a escondia no banheiro quando Mesquita aparecia no estúdio, como se ela fosse a responsável pelo ocorrido.
A denúncia, que motivou o MP-SP a abrir um inquérito policial em 2 de abril, baseia-se na Lei 12.015/2009, que classifica como estupro qualquer ato libidinoso praticado com violência, sem necessidade de penetração. Juliana, que deixou o The Noite em fevereiro de 2024 e foi demitida do SBT em 2025 após o fim do programa Chega Mais, também planeja processar a emissora por negligência. Seu advogado, Hédio Silva Júnior, aponta que a demissão pode estar ligada às denúncias feitas ao setor de recursos humanos em 2024, que incluíam o caso de Mesquita e humilhações nos bastidores. Mesquita, por sua vez, moveu uma ação por danos morais contra Juliana, pedindo R$ 50 mil, e nega as acusações, chamando-as de “inconsequentes” e afirmando que a cena foi uma “brincadeira”.
O caso tem gerado intensa repercussão nas redes sociais, com mensagens de apoio e críticas a Juliana. “Parabéns por denunciar. Estou com você”, escreveu uma internauta, enquanto outros questionam a demora de nove anos para a denúncia. Ela explicou que o medo de perder o emprego e a falta de suporte do SBT a fizeram adiar a formalização da queixa. O silêncio de Danilo Gentili e da emissora, que não se manifestaram oficialmente, também é alvo de críticas.