Jogo do Tigrinho deve ser regulamentado no Brasil em 2025
Desde a popularização desses jogos em 2018, a regulamentação vem sendo discutida devido ao alto número de usuários
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Os jogos eletrônicos de azar devem ser regulamentados no Brasil nos próximos meses, por meio de uma portaria da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), realizada pelo Ministério da Economia. Nos próximos dias deverão ser concluídas as regras e restrições para a liberação de jogos como o Fortune Tiger, mais conhecido como ‘Jogo do Tigrinho’.
Esse tipo de jogo de azar se popularizou no Brasil em 2018 após uma lei que legalizou a prática, sem delimitar regras claras. Novos critérios estão sendo discutidos para que o jogo seja liberado. O Ministério da Economia estuda para que as regras possam valer a partir do dia 1º de janeiro.
Novas regras
Para a regulamentação, medidas como restrições para que os jogadores não se tornem dependentes serão tomadas. Os perfis dos apostadores poderão ser bloqueados de acordo com regras pré-estabelecidas pelo governo, a depender de avaliações de partidas jogadas, dinheiro gasto e horas dedicadas na plataforma.
As plataformas de jogos serão obrigadas a disponibilizar um botão para que o apostador possa excluir seu cadastro a qualquer momento.
Todos os sites registrados deverão estar sob o domínio .bet.br. para apuração do Governo. Domínios de plataformas de apostas que não estiverem hospedados no Brasil serão bloqueados.
A nova legislação obrigará também que a publicidade dos jogos deve ser mais responsável. Novas regras de publicidade com a obrigatoriedade de indicação explícita de que o jogo é restrito a maiores de 18 anos.
O Ministério da Fazenda determinou que as empresas terão até o fim deste ano para se regularizarem no Brasil. Campanhas educativas também serão criadas pela pasta, citando sites que não fazem parte da regulamentação do governo.
Vício em jogos
O ‘Jogo do tigrinho’ tem sido para muitos uma tentativa de mudança de vida de uma forma mais rápida. Para muitos, essa tentativa acaba se tornando um vício, que muitas vezes pode tornar a situação financeira do jogador pior do que quando entrou para o jogo.
O relato de um jogador que preferiu não ser identificado mostra como o vício é iniciado como uma forma de distração e de alcançar altos valores de forma rápida. “A gente começa a jogar talvez até como uma brincadeira mesmo, mas com o tempo a gente vai ganhando um pouco de dinheiro e achando que pode ficar rico com aquilo. Aí a gente vai insistindo naquilo, mas acaba perdendo mais do que ganhando. No final, a gente se vê jogando o dinheiro que seria para um gás de cozinha, pra um alimento ou outra coisa essencial”, afirma.
No Brasil, 2 milhões de pessoas sofrem com o vício em jogos de azar. Esse transtorno é iniciado também pelo objetivo de conseguir o dinheiro fácil, e com isso, conseguir mudar seu patamar financeiro.