NotíciasBrasilJanja afirma ser a favor da regulamentação das redes sociais após morte de criança

Janja afirma ser a favor da regulamentação das redes sociais após morte de criança

A jovem de apenas oito anos morreu ao participar de uma 'trend'

| Autor: Redação

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (16), a primeira Janja voltou a se manifestar a favor da regulamentação imediata das redes sociais, após a trágica morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, em Ceilândia, no Distrito Federal. A criança faleceu no último domingo (13) devido a uma parada cardiorrespiratória causada pela inalação de gás de desodorante aerossol, enquanto participava do chamado “desafio do desodorante”, uma prática perigosa disseminada em plataformas digitais como TikTok e Kwai. Em vídeo publicado no Instagram, Janja classificou o desafio como “ignorante” e destacou a urgência de proteger crianças e adolescentes dos riscos do ambiente digital. “As redes sociais não podem ser terra de ninguém”, afirmou.

Sarah Raissa foi encontrada desacordada pelo avô na quinta-feira (10), ao lado de um frasco de desodorante, uma almofada encharcada pelo produto e seu celular, que continha um vídeo incentivando o desafio, segundo o pai da menina, Cássio Maurílio. Apesar dos esforços médicos no Hospital Regional de Ceilândia, a criança sofreu morte cerebral após uma hora de tentativas de reanimação. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou inquérito para investigar como Sarah acessou o conteúdo e identificar os responsáveis por sua disseminação. Caso seja comprovado dolo ou negligência grave, os criadores ou divulgadores do desafio podem responder por homicídio duplamente qualificado, com pena de até 30 anos de prisão, conforme o delegado João Ataliba.

A morte de Sarah reacendeu o debate sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais no Brasil. O Projeto de Lei 2630/20, conhecido como PL das Fake News, que busca responsabilizar empresas por conteúdos criminosos, enfrenta resistência no Congresso Nacional, principalmente de deputados da oposição e das chamadas big techs, que alegam riscos à liberdade de expressão. Alternativamente, o PL 4691/24, intitulado “Lei de Proteção às Liberdades Constitucionais”, tem ganhado apoio por propor medidas como identificação de usuários e prevenção de crimes digitais. Janja reforçou a necessidade de votação urgente, declarando: “Quantas crianças precisaremos perder para que consigamos um espaço saudável na internet?”

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