NotíciasBrasilGoverno do Espiríto Santo reconhece 'dar grau' como esporte no estado

Governo do Espiríto Santo reconhece 'dar grau' como esporte no estado

O esporte só poderá ser praticado em locais específicos

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Freepik

A prática de empinar motos, popularmente chamada de “dar grau” passou a ser reconhecida como esporte no Espírito Santo, conforme a Lei nº 12.373, aprovada pela Assembleia Legislativa do estado. A legislação, proposta pelo deputado Coronel Weliton (PRD), estabelece que a modalidade só pode ser praticada em locais específicos, como pistas asfaltadas com ao menos 80 metros de comprimento por 25 metros de largura, e exige o uso obrigatório de equipamentos de segurança, como capacetes e luvas. A medida visa oferecer visibilidade e apoio aos praticantes, que há anos buscam reconhecimento, além de afastar a prática irregular das vias públicas.

A nova lei não altera as regras de trânsito: fora dos espaços autorizados, “dar grau” continua sendo uma infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sujeito a multa de R$ 293,47, sete pontos na carteira e suspensão do direito de dirigir por até oito meses. No Espírito Santo, operações policiais seguem coibindo a prática em ruas e avenidas, especialmente após acidentes graves, como o que vitimou Beatriz Santos Silva, de 18 anos, em 2024, quando o namorado perdeu o controle ao empinar a moto. A legislação busca equilibrar a paixão pelo esporte com a segurança, oferecendo estrutura para eventos e competições regulamentados pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).

Para os praticantes, a lei representa uma conquista cultural. o ato ganhou popularidade no Brasil nos anos 1990 e já é homologado pela CBM desde 2013, com campeonatos nacionais atraindo jovens de periferias e entusiastas do motociclismo. Coronel Weliton destacou que o objetivo é proporcionar “espaços adequados, com segurança e reconhecimento”, evitando que pilotos precisem buscar oportunidades no exterior, como em países da Europa e América do Norte. A regulamentação também pode impulsionar o turismo e a economia local, com eventos que movimentam oficinas, comércio de acessórios e serviços.

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