Condenado na trama golpista, Mauro Cid pede autorização a Moraes para ir ao aniversário da avó
Cid era considerado o "braço direito" do ex-presidente Jair Bolsonaro

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro |Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Cumprindo medidas cautelares por conta da condenação na trama golpista, Mauro Cid pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para comparecer ao aniversário da avó. A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) argumenta que o pedido tem caráter humanitário e excepcional.
Para os advogados de Cid, a pena de dois anos, imposta no julgamento pelos atos golpistas, já teria sido integralmente cumprida, apesar de ele ainda cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa aos fins de semana.
Em setembro, a defesa havia solicitado também a extinção da pena, alegando cumprimento total da sanção. À época, Moraes argumentou que a condenação ainda não havia transitado em julgado, ou seja, ainda não era definitiva, o que o fez rejeitar o pedido. Mesmo assim, os advogados de Mauro Cid voltaram a pedir a extinção da pena em nova manifestação encaminhada nesta sexta-feira (24/10).
Após a publicação do acórdão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou que não pretende recorrer sobre a pena imposta pelos ministros da Primeira Turma a Mauro Cid. Para o procurador, a pena imposta a Cid poderia ter sido ainda maior, já que, nas alegações finais, foi apontada omissão de Cid.
Entre todos os condenados do núcleo 1, Cid foi o único que escapou de sanções severas, como a perda da patente, embora tenha pedido baixa do Exército.


