CNC une esforços com governo e Congresso para conter apostas online no Brasil
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) declarou guerra às empresas que promovem as apostas esportivas online
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lançou uma campanha contra as empresas que operam apostas esportivas online, conhecidas como bets. A entidade decidiu intervir tanto junto ao governo federal e ao Congresso Nacional quanto no âmbito Judiciário, visando diminuir ou até mesmo bloquear a presença das apostas no Brasil.
No cenário político, a CNC enviou na última terça-feira (24) um ofício ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, expressando sua preocupação com o que classificam como o “crescimento descontrolado das apostas online no Brasil”, especialmente nos cassinos virtuais. O documento também foi entregue aos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Fazenda e Justiça, além dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) afirma que, desde a aprovação da Lei n.º 13.756 em 2018, que permitiu as apostas esportivas online, o setor de jogos de azar no Brasil tem apresentado um crescimento considerável, resultando em um impacto significativo na renda das famílias e no comércio varejista. A CNC faz um alerta às autoridades sobre o perigo que o aumento desse mercado não regulamentado representa, não apenas para a economia doméstica, mas também para o varejo nacional.
Conforme um estudo da própria entidade mencionado no documento, estima-se que o comércio possa enfrentar uma perda de até R$ 117 bilhões anuais em receita devido ao avanço das apostas online. Além disso, a Confederação revisou para baixo sua expectativa de crescimento do setor varejista em 2024, passando de 2,2% para 2,1%. Essa revisão é um reflexo direto, segundo o ofício, do desvio de gastos das famílias em direção às apostas.