NotíciasBrasilA inclusão social de pessoas com deficiência: Barreiras e soluções

A inclusão social de pessoas com deficiência: Barreiras e soluções

21 de setembro, será celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

| Autor: Ramilton Silva

Foto: Freepik

A inclusão de pessoas com deficiência é um assunto que vem sendo cada vez mais falado. Mesmo com alguns avanços, muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades, como falta de acessibilidade e preconceito.  Essas barreiras impedem que elas participem plenamente da sociedade, seja na escola, no trabalho ou nas atividades do dia a dia. A inclusão é importante para que todos tenham as mesmas chances, sem importar suas limitações. No próximo dia 21 de setembro, será celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, uma data importante para reforçar a necessidade de avanços e ações concretas em prol da inclusão.

Um dos grandes desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade nos espaços públicos e privados. Rampas mal projetadas, falta de elevadores, calçadas irregulares e ausência de sinalização adequada são apenas alguns dos problemas que dificultam a mobilidade dessas pessoas. Para garantir a inclusão, é necessário que cidades e empresas se adaptem, promovendo ambientes acessíveis e acolhedores para todos.

Outro ponto importante é a inclusão no mercado de trabalho. Muitas pessoas com deficiência ainda encontram dificuldades para conseguir emprego devido ao preconceito e à falta de adaptações nos locais de trabalho. No entanto, a Lei de Cotas, que exige que empresas com mais de 100 funcionários reservem uma porcentagem de vagas para pessoas com deficiência, tem sido um avanço nessa área, ajudando a aumentar a participação dessas pessoas no mercado.

A educação também é fundamental para a inclusão. Escolas e universidades precisam estar preparadas para receber alunos com deficiência, oferecendo materiais adaptados, professores treinados e espaços adequados. Isso faz com que essas pessoas possam aprender e desenvolver todo o seu potencial.

Em entrevista com a diretora pedagógica do Centro Integrado de Educação e Lazer (CIEL), Kathia Fernanda, ela destacou quais são as principais estratégias que a intituição utiliza para promover a inclusão de pessoas com deficiência nas atividades de lazer. A profissional pontua que toda e qualquer proposta de atividade precisa ser inclusiva, atender a todos os alunos sem exceção.

"Se as atividades são internas elas são programadas para o acesso de todos e as brincadeiras e jogos são adaptados ,pensados e projetados para a participação de todos os alunos assim muitas vezes são criadas por nós ou são reorganizadas (as que já existem) para se tornarem adaptadas. Quando vamos fazer uma atividade externa a nossa preocupação começa no momento do contato com o local, ele precisa ter acessibilidade, os nossos alunos precisam ir e vir com total tranquilidade, isso também serve para o ônibus que fará o nosso transporte, precisa ter rampa de acesso, daí voltando para os local, é importante que tenham monitores que nos ajudem e o espaço precisa disponibilizar que levemos todos os nossos funcionários que são todos treinados para conduzir nosso trabalho "

Quando questionada sobre quais são os maiores desafios que os profissionais da educação enfrentam ao promover a inclusão social de pessoas com deficiência, Kathia relatou  que um dos maiores desafios na inclusão social de pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade nos espaços. Muitos locais não têm rampas ou elevadores, apenas escadas, o que impede a visita de alunos cadeirantes ou com dificuldades de locomoção. Ela acredita que carregar esses alunos é constrangedor, pois eles deveriam ter a mesma liberdade de movimento que todos. Além disso, Kathia aponta a necessidade de acessibilidade em Libras, observando que, embora tenham intérprete nas escolas, os espaços públicos e de visitação também deveriam oferecer esse serviço para incluir os alunos surdos plenamente.

A diretora pedagógica ressaltou que a melhor prática para tornar espaços públicos mais acessíveis é "pensar em todas as pessoas" e se colocar no lugar delas. Ela defende a importância de ouvir as pessoas com deficiência, entender suas necessidades e adaptar os espaços a partir dessas demandas. Como os espaços geralmente são projetados por quem não possui deficiência, eles acabam sendo pensados para essas pessoas. Por isso, ouvir quem de fato utilizará o espaço é fundamental. Ela sugere que a inclusão pode ser planejada desde a construção ou, em espaços já existentes, por meio de reformas que adotem uma perspectiva inclusiva.

A inclusão de pessoas com deficiência é um processo que nunca acaba e precisa do esforço de todos. Apesar dos progressos, ainda há muito a fazer para garantir que todos tenham acesso total a espaços e oportunidades. Criar ambientes acessíveis, tanto físicos quanto sociais, é essencial para que pessoas com deficiência possam exercer seus direitos com autonomia e dignidade. Apenas com a participação de todos será possível criar um futuro mais justo e inclusivo.

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