72,8% dos brasileiros querem que facções sejam classificadas como terroristas

Um levantamento realizado pelo Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) revelou que 72,8% dos brasileiros defendem que facções criminosas sejam classificadas como organizações terroristas. Apenas 18,8% discordam da medida, enquanto 8,4% não souberam ou preferiram não responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 10 de novembro e ouviu 1.010 pessoas em todo o país. O levantamento tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

O apoio à equiparação das facções ao terrorismo é mais forte no Sul (75,4%) e no Centro-Oeste (80,6%). O menor índice de concordância foi registrado no Norte, com 64,8%.

Entre os homens, 78,7% apoiam a medida, enquanto entre as mulheres o índice é de 67,5%. A faixa etária de 35 a 44 anos apresenta o maior nível de aprovação (76,8%), e entre os evangélicos, o apoio chega a 79,6%.

O recorte político mostra uma forte diferença entre os grupos eleitorais: 85,9% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) apoiam a classificação das facções como terroristas, contra 59,6% dos que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.