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Profissionais de enfermagem protestam em Salvador por piso salarial da categoria

Profissionais de enfermagem protestam em Salvador por piso salarial da categoria

Manifestantes fecharam parte da Avenida Vasco da Gama na manhã desta quinta-feira (29)

| Autor: Redação

Foto: Sindsaúde Bahia

Profissionais da enfermagem fizeram protestos na manhã desta quinta-feira (29), em Salvador, em defesa da implantação imediata do piso salarial da categoria. O ato, realizado na Avenida Vasco da Gama, ato integra uma mobilização nacional e prevê paralisação de 48 horas das atividades. A manifestação deixou o trânsito lento na região.

O piso da enfermagem estabelece que o salário mínimo dos técnicos e auxiliares de enfermagem será de R$ 3.325 e R$ 2.375, respectivamente.

Sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em agosto do ano passado e suspenso pelo STF no mês seguinte, o valor gerou impasse no setor. A lei não indicou o custeio dos salários, o que provocou reação das entidades patronais contra a medida.

O Congresso Nacional promulgou, em dezembro, a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Enfermagem, que direcionou recursos para o pagamento. O texto definiu que o piso da categoria deveria ser custeado pelo superávit financeiro de fundos públicos.

No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que liberou R$ 7,3 bilhões em crédito especial para ajudar estados, municípios e o Distrito Federal na implementação da medida. Logo depois, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), restabeleceu o piso salarial da enfermagem.

Em sua decisão, Barroso, que é relator do caso, apontou que os valores deveriam ser pagos por estados, municípios e autarquias somente nos limites dos recursos repassados pela União. Ele disse que os R$ 7,3 bilhões reservados pelo Executivo federal não pareciam ser capazes de custear integralmente os recursos necessários para a implantação do piso salarial. Ainda assim, considerou que as providências adotadas pela União constituíam fato novo e justificavam a revisão da suspensão.

O julgamento da medida pelo Supremo foi retomado na sexta-feira (23) e deve ir até o dia 30, em sessão do plenário virtual, plataforma onde os ministros depositam seus votos.
 

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