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Ministério da Saúde confirma primeiras mortes por febre oropouche no mundo

Ministério da Saúde confirma primeiras mortes por febre oropouche no mundo

Óbitos inéditos por febre oropouche no Brasil acendem alerta global para a doença

| Autor: Redação

Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento, Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC Imagem

Nesta quinta-feira (25), o Ministério da Saúde do Brasil confirmou as primeiras mortes associadas à febre oropouche em todo o mundo. As vítimas, duas mulheres jovens e sem comorbidades, faleceram em maio e junho deste ano no interior da Bahia. Os casos foram identificados após as vítimas apresentarem sintomas graves semelhantes aos da dengue, uma condição conhecida por causar febre alta e dor muscular intensa. Este é o primeiro relato na literatura científica de óbitos atribuídos diretamente a esta doença viral.

A febre oropouche, que tem sido associada a um surto crescente no Brasil, gerou 6.976 casos somente nos primeiros seis meses de 2024, um aumento significativo em relação aos 831 casos registrados em todo o ano de 2023. A doença, transmitida pelo mosquito *Culex quinquefasciatus*, está se espalhando além da tradicional região amazônica e agora é detectada em estados como Espírito Santo, Santa Catarina e Minas Gerais. A rápida disseminação é atribuída a fatores climáticos que favorecem a proliferação dos mosquitos vetores.

Além das mortes confirmadas na Bahia, dois outros óbitos, um em Santa Catarina e outro no Maranhão, estão sendo investigados como possíveis casos relacionados à febre oropouche. O Ministério da Saúde também está monitorando casos de transmissão vertical da doença, que inclui abortos espontâneos e anomalias congênitas, como microcefalia, em diferentes estados, reforçando a necessidade de vigilância especial em gestantes.

O governo federal está intensificando a vigilância e o acompanhamento de casos em todo o país, com suporte técnico e análise dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). As medidas visam conter a propagação da febre oropouche e prevenir futuros casos graves, enquanto a comunidade científica busca entender melhor a doença e suas implicações.

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