Anvisa autoriza vacina e antiviral contra o vírus da varíola dos macacos
Ainda não há registro dos medicamentos junto ao órgão regulador
Foto: Arquivo/Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o Ministério da Saúde a importar a vacina e o antiviral contra a varíola dos macacos, na quinta-feira (25). Inicialmente, o imunizante será designado apenas aos profissionais da saúde.
Ainda não há registro dos medicamentos junto ao órgão regulador. Contudo, devido à emergência internacional de saúde pública, a Anvisa autorizou a dispensa do registro, que foi pedida pelo Ministério da Saúde no início desta semana.
A vacina importada pelo governo será a Jynneos (nomenclatura estadunidense)/ Imvanex (nomenclatura europeia). Apesar dos diferentes nomes nos Estados Unidos e na Europa, o produto é o mesmo.
Desenvolvido pela Bavarian Nordic A/S e fabricado na Dinamarca e Alemanha, o imunizante é destinado a pacientes a partir dos 18 anos de idade. O prazo de validade é de 60 meses, no caso das doses serem armazenadas em temperatura entre -60°C e -40°C.
O Ministério da Saúde espera o envio de 50 mil doses da vacina, compradas pelo fundo rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O imunizante será aplicado em dose dupla e reservado a 25 mil profissionais da saúde que têm contato direto com o monkeyopox. Não há previsão de aplicação na população no geral.
Além do imunizante, a Anvisa também aprovou a importação do tecovirimat, antiviral indicado para tratamento de doenças causadas por ortopoxvírus (como o da monkeypox) em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.
O governo solicitou à Opas a compra de 10 doses do remédio para tratamentos de casos graves, e aguarda a negociação para aquisição de outras 50 unidades.
A pasta federal da Saúde também negocia o transporte de 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e está em tratativas para compra de mais 504 doses do medicamento.
Boletim médico
O último informe do Ministério da Saúde, divulgado na quinta-feira (25), aponta que o país tem 4.216 casos confirmados de varíola dos macacos. O estado com maior número de registros é São Paulo, com 2.640 pacientes.
Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com 5.740 registros, e Minas Gerais, com 228. A capital mineira também registrou a única morte pela doença no Brasil. Trata-se de um homem de 41 anos, que morreu em julho. Ele tinha diversas comorbidades e tratava um câncer, situações que agravaram o quadro da infecção pelo vírus.