TSE cassa mandato de Deltan Dallagnol por fraude eleitoral
Ex-procurador da Lava Jato ocupa atualmente cadeira de deputado federal
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubou nesta terça-feira (16) o registro de canidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que coordenou força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. A cassação foi decidida com base na Lei da Ficha Limpa.
A decisão deve ser cumprida imediatamente. Deltan ainda poderá apresentar recurso ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas já sem o mandato. O TSE considerou que Dallagnol fraudou a liu ao sair do MPF, em novembro de 2021. Segundo o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, ele respondia a apurações internas que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível.
Todos os ministros seguiram a posição do relator, ministro Benedito Gonçalves, que considerou que Deltan pediu exoneração do cargo de procurador para evitar uma eventual punição administrativa, que poderia tornar ele inelegível.
"Constata-se, assim, que o recorrido agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou, de forma capciosa e deliberada, uma série de atos para obstar processos administrativos disciplinares contra si e, portanto, elidir a inelegibilidade", afirmou Gonçalves em seu voto.
Após a apresentação do voto do relator, que durou cerca de minutos, os demais ministros informaram apenas que não iriam divergir, sem apresentar votos separados.