No Jornal Nacional, Lula fala sobre escândalos de corrupção; confira

Candidato a um terceiro mandato no Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o entrevistado do Jornal Nacional desta quinta-feira (25). Durante a sabatina, o petista falou sobre os escândalos de corrupção durante seus dois mandatos. 

Perguntado pela bancada sobre quais mecanismos seriam usados para evitar novos casos de corrupção, como na Petrobras, Lula citou o mensalão, de 2005, como exemplo. O ex-presidente ainda fez acusações à força-tarefa da Lava Jato, responsável pela sua condenação.

"Durante cinco anos, eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de poder falar disso [...] A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. Em 2005, quando surgiu o mensalão, eu disse "só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado nesse país, que é não cometer erros", e foi isso que fizemos. Se alguém comete um erro, investiga-se, apura, julga, está resolvido o problema. O que foi o equívoco da Lava Jato? Enveredou por um caminho político delicado, ultrapassou o limite da investigação e entrou na política, o objetivo era prender o Lula, condenar o Lula. Não há hipótese, qualquer hipótese de alguém cometer qualquer crime, por menor que seja [...] essa pessoa será julgada", disse Lula. 

O petista ainda provocou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário no pleito de outubro, ao lembrar dos sigilos impostos pelo atual mandatário do Poder Executivo Nacional. 

"Eu poderia fazer decreto de 100 anos de sigilo para o Pazzuello, para os meus filhos, assessores. Eu poderia não investigar, botar um tapetão. A corrupção só aparece quando se governa de forma republicana", finalizou Lula, que ainda voltou a falar sobre o tema durante a sabatina. 

*Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes