Em ato de campanha, Lula diz que igrejas não devem apoiar "falsos profetas"
Em seu discurso, o candidato à Presidência defendeu o Estado Laico e criticou o posicionamento político que estas instituições sociais vêm apresentando
Foto: Reprodução/ José Cruz/ Agência Brasil
Em um ato de campanha, o pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizou um encontro com seus apoiadores neste sábado (20), no Vale do Anhangabaú, na cidade de São Paulo.
O evento contou com a presença de seu vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal André Janones (Avante), o senador Randolfe Rodrigues (Rede), o candidato ao Governo do Estado de São Paulo, Fernando Haddad e o candidato ao Senado por São Paulo, Márcio França (PSB).
Enquanto estava discursando no palanque, o ex-presidente Lula, defendeu o Estado Laico e, sem citar o nome do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), fez uma crítica às igrejas, pelo o que muitas vem representando nos períodos de eleição. O candidato petista pontuou que estas instituições sociais deveriam funcionar como um espaço de fé para a população, e não para apoiar a candidatura de “falsos profetas ou fariseus”.
“Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo, tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio, porque tem gente que não está tratando da igreja para gostar da fé e da espiritualidade e está fazendo da igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro", afirmou.
"E eu quero dizer para vocês. Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o Estado Laico, o Estado não tem que ter religião e todas as religiões precisam ser defendidas pelo Estado. As igrejas não têm que ter partido político, porque as igrejas precisam cuidar da fé e da espiritualidade das pessoas, e não cuidar da candidatura de falsos profetas ou de fariseus que estão enganando esse povo o dia inteiro.”