Bolsonaro minimiza compra de Viagra pelas Forças Armadas; "Isso não é nada"
O Ministério da Defesa disse que o medicamento, usado em casos de disfunção erétil, tem o objetivo de ser utilizado no tratamento de militares com hipertensão pulmonar arterial
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Nesta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro criticou a polêmica devido a compra aprovada pelas Forças Armadas de mais de 35 mil unidades de sildenafila, medicamento conhecido pelo nome de Viagra.
“As Forças Armadas compram o Viagra para combater a hipertensão arterial e, também, as doenças reumatológicas. Foram 30 e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha, e eu não peguei da Aeronáutica, mas deve perfazer o valor de 50 mil comprimidos. Com todo o respeito, isso é nada. A quantidade para o efetivo das três forças, obviamente, muito mais usado pelos inativos e pensionistas”, disse o presidente.
O processo licitatório prevê que sejam adquiridos comprimidos de 25 mg e de 50 mg de Viagra. O Ministério da Defesa disse que o medicamento, usado em casos de disfunção erétil, tem o objetivo de ser utilizado no tratamento de militares com hipertensão pulmonar arterial (HPA), o que é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entretanto, especialistas apontaram que a doença é incomum e que a licitação comprou comprimidos com doses indicadas para disfunção erétil, não HPA. Além disso, a doença não é comum e atinge mais mulheres do que homens.