Apoiador de Lula, Janones diz que está com celular do ex-ministro Bebianno
Deputado escreve e publica fotos em seu Twitter que, segundo ele, estavam no celular de Gustavo Bebianno, conselheiro de campanha de Bolsonaro em 2018, e que morreu em 2020
Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Aliado do ex-presidente Lula (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) publicou, nesta segunda-feira (25), supostas imagens que seriam do celular de Gustavo Bebianno, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e que morreu de um infarto em março 2020.
Bebianno foi uma das figuras mais próximas a Bolsonaro ao longo da campanha, sendo um de seus principais conselheiros. Ele foi um dos primeiros a romper com Bolsonaro. Mas antes de morrer, Bebianno disse ter guardado material, "inclusive fora do Brasil", para ser usado caso algo acontecesse com ele. O material estaria arquivado no celular do ex-ministro, com conteúdos relacionados ao presidente Bolsonaro.
“Mortos não falam, mas os celulares deles sim! Lembra desse dia Carlinha? Lembra o que foi falado aqui?”, disse Janones, endereçando o tweet à deputada aliada de Jair Bolsonaro, Carla Zambelli (PL-SP). “Isso aqui é só o frame de um vídeo, e de onde saiu esse tem muito mais! Apenas aguarde! HAVERÁ CHORO E RANGER DE DENTES!”, escreveu o deputado.
Em seguida, Janones escreveu: “O FINAL DESSA HISTÓRIA SERÁ APOTEÓTICO! Eu prometo!”. Carla Zambelli respondeu ao colega da Câmara dos Deputados: “Mortos não falam mesmo. O Celso Daniel não fala também, mas seus registros, sim”, disse. Celso Daniel (PT-SP) foi prefeito de Santo André (SP), e morreu assassinado a tiros em 2002.
A senadora Mara Gabrilli (PSDB) acusou Lula de envolvimento na morte do ex-prefeito, a qual foi veiculada no programa Jovem Pan News. O presidente Jair Bolsonaro também já havia mencionado tal acusação, mas o trecho do conteúdo da senadora foi compartilhado pela deputada federal Carla Zambelli (PL) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). Sobre a acusação, Lula recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta.
Seis pessoas foram condenadas pelo assassinato de Celso Daniel e cumprem pena, mas nenhuma delas tem relação com o Partido dos Trabalhadores.