Reconstrução do MinC é a primeira ação na área de cultura no governo Lula
Margareth Menezes será a ministra da pasta; Márcio Tavares, secretário executivo
Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert
A valorização e promoção da cultura na construção da identidade nacional são duas das prioridades do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse da Presidência neste domingo (1º). De acordo com o relatório final do Gabinete de Transição, a reconstrução do Ministério da Cultura (MinC), que foi extinto em 2019, é necessária.
A recriação do MinC já consta no organograma do novo governo com a cantora e compositora Margareth Menezes como ministra e Márcio Tavares como secretário executivo.
Durante o governo de Michel Temer (2016-2018), o Ministério da Cultura foi fundido ao da Educação, mas protestos fizeram com que a pasta fosse recriada. Em 2019, no primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro (2019-2022), ela voltou novamente a ser extinta.
Na avaliação do Grupo Técnico (GT) de Cultura do Gabinete de Transição, a área foi um dos principais alvos de "desmonte" no governo Bolsonaro, perdendo recursos e cargos. Ao anunciar a confirmação de Margareth Menezes no ministério, em 13 de dezembro, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que honraria o compromisso de reconstruir e fortalecer o setor cultural.
Com mais de 40 anos de carreira, Margareth integrou o grupo de trabalho de cultura no Gabinete de Transição e é um dos principais nomes da música baiana e do carnaval de Salvador. A sua atuação inclui a liderança de iniciativas para fortalecer blocos afro e a música pop baiana e a fundação da associação Fábrica Cultural, buscando impulsionar negócios e fomentar a cultura na Península de Itapagipe, em Salvador.
Após confirmar que aceitaria o cargo de ministra, Margareth Menezes anunciou Márcio Tavares, coordenador executivo do GT de Cultura no Gabinete de Transição, como o futuro secretário executivo do ministério. Tavares é secretário nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores e coordenou o plano de governo da chapa Lula-Alckmin para o setor.
Além da dupla, o GT de Cultura contou com a participação de nomes como o cineasta Kleber Mendonça Filho, a atriz Lucélia Santos, o ex-ministro da cultura Juca Ferreira, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema, Manoel Rangel, o cantor gospel Kleber Lucas, o poeta Antônio Marinho, as deputadas federais Áurea Carolina (PSOL-MG), Benedita da Silva (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e os deputados federais Marcelo Calero (PSD-RJ) e Túlio Gadelha (Rede-PE).