Teleférico despenca e deixa quatro vítimas fatais na Itália

Uma tragédia abalou a região da Campania, no sul da Itália, nesta quinta-feira (17), quando uma cabine do teleférico que liga Castellammare di Stabia ao Monte Faito despencou, resultando na morte de quatro pessoas. O acidente, ocorrido por volta das 15h (horário local), envolveu cinco ocupantes: dois casais de turistas e o operador da cabine, Carmine Parlato, de 59 anos, funcionário da Ente Autonomo Volturno (EAV), empresa que opera o sistema. Apenas um passageiro, um turista israelense, sobreviveu, mas foi internado em estado grave no Hospital do Mar, em Nápoles, com múltiplas fraturas. O teleférico, que havia reaberto há uma semana para a temporada turística, é famoso pelas vistas do Golfo de Nápoles e do vulcão Vesúvio.

Segundo o prefeito de Castellammare di Stabia, Luigi Vicinanza, o cabo de tração da cabine rompeu, e o freio de emergência da estação no topo da montanha falhou, enquanto o freio na base funcionou. A cabine, que estava próxima da estação no Monte Faito, a 1.100 metros de altitude, colidiu com um pilar de suporte e caiu em uma área de difícil acesso. Dense nevoeiro e ventos fortes dificultaram as operações de resgate, que mobilizaram mais de 50 bombeiros, equipes alpinas, carabinieri e proteção civil. Outra cabine, com 16 passageiros, ficou suspensa a centenas de metros de altura, mas todos foram resgatados ilesos com o uso de arreios, após horas de trabalho em condições adversas. A linha Circumvesuviana e estradas próximas foram interditadas devido ao cabo rompido.

O acidente, descrito como “inimaginável” por Umberto De Gregorio, presidente da EAV, levanta questionamentos sobre a segurança do teleférico, inaugurado em 1952 e modernizado em 2016. Esta não é a primeira tragédia na linha: em 1960, quatro pessoas morreram em um acidente semelhante. A Promotoria de Torre Annunziata abriu uma investigação, e o sistema foi interditado para perícias. Autoridades locais apontam que o mau tempo, com ventos de até 70 km/h, pode ter contribuído, embora a EAV defenda que os padrões de segurança foram seguidos. A prefeita de Vico Equense, Peppino Stabile, decretou luto oficial, e o governador da Campania, Vincenzo De Luca, destacou o impacto do acidente no turismo local, vital para a economia da região.

A notícia gerou comoção na Itália e no exterior. A primeira-ministra Giorgia Meloni, em Washington para reuniões com o presidente Donald Trump, expressou condolências às famílias das vítimas, incluindo um turista israelense e dois britânicos, segundo o jornal La Stampa. Nas redes sociais, posts no X lamentaram a tragédia, com mensagens como “Que tristeza, um lugar tão lindo virar cenário de luto”. O caso reacende debates sobre a manutenção de infraestruturas turísticas na Itália, especialmente após o acidente de 2021 em Mottarone, que matou 14 pessoas.