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Protestos contra morte de jovem no Irã deixam ao menos 185 mortos, diz ONG

Protestos contra morte de jovem no Irã deixam ao menos 185 mortos, diz ONG

Mahsa Amini teria sido espancada durante prisão pelo "uso inadequado" do hijab, o véu islâmico

| Autor: Redação

Foto: Divulgação

Pelo menos 185 pessoas morreram no Irã, segundo a ONG Iran Human Rights, durante os protestos contra a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que teria sido espancada durante prisão pelo "uso inadequado" do hijab, o véu islâmico. O país afirma que a jovem curda iraniana morreu de doença e não de forma violenta.

Desde o dia 16 de setembro, o Irã tem sido abalado por manifestações com repressão do governo. A ONG diz que busca documentos para verificar todas as idades das vítimas.

De acordo com o jornal britânico "The Guardian", crianças têm sido presas dentro de escolas por forças de segurança iranianas. No Curdistão, região onde Mahsa nasceu, escolas teriam sido fechadas.

A ONG Iran Human Rights defende que os responsáveis pelas mortes sejam denunciados pela comunidade internacional, por crimes contra a humanidade.

No entanto, o Irã acusa outros países de fomentar os protestos, incluindo os Estados Unidos.

No sábado (8) a noite, mobilizações ocorreram em várias cidades do país, incluindo Teerã, com atos de solidariedade no exterior. De acordo com o analista iraniano Omid Memarian, um vídeo mostrava manifestantes em Teerã gritando "morte ao ditador".

Em outros lugares, estudantes gritavam "Mulher, vida, liberdade" em Saqez, cidade natal de Mahsa Amini, na província do Curdistão, e marchavam agitando seus lenços sobre suas cabeças.

Na noite de sábado, dois membros das forças de segurança foram mortos durante as manifestações, um em Teerã "por uma multidão armada" e outro em Sanandaj, capital do Curdistão, segundo a agência oficial Irna.

A agência AFP confirmou protestos em várias cidades, onde manifestantes jogaram coquetéis molotov em mesquitas, centros de Bassidji, milícias paramilitares e escritórios de imãs. "Em Teerã, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão", disse, acrescentando que os manifestantes "incendiaram e danificaram propriedades públicas, incluindo uma delegacia de polícia e latas de lixo".

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