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Família que anda de quatro intriga ciência

Família que anda de quatro intriga ciência

Pesquisadores começaram a estudar uma família quadrúpede na Turquia

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Instagram

Um grupo de cientistas conduziu uma análise detalhada de estudos prévios que tratavam de uma família quadrúpede residente na Turquia, que utiliza um método de locomoção muito peculiar. Vários dos seus filhos precisaram se adaptar a andar com as mãos no chão devido a condições congênitas na coluna vertebral.

Esse modo de andar, popularmente conhecido como “rastejo de urso”, afeta cinco dos 19 filhos da família Ulas, que vive no sul da Turquia e enfrenta diversas adversidades de saúde. Além dos cinco filhos quadrúpedes, sete deles sofrem de deficiências intelectuais e outros apresentam problemas de equilíbrio e distúrbios cognitivos.

Isso torna difícil para eles manterem-se em pé e faz com que muitos se acostumem a engatinhar ou a andar de bruços, depois de anos sem assumir a postura ereta. A descoberta desse curioso fenômeno tem gerado debates acerca de questões relacionadas à genética, ética e cuidados de saúde para pessoas que enfrentam problemas de saúde crônicos.

Evolução ao contrário?

O pesquisador Üner Tan, da Universidade de Medicina de Çukurova em Adana, Turquia, foi o primeiro a observar e descrever os membros da família quadrúpede. Ele concluiu que o seu modo de locomoção se assemelha ao de ancestrais dos Homo sapiens antes de adotarem a postura bípede. Também afirmou polêmica e controversamente que a característica seria uma “evolução reversa”, criando a chamada Síndrome de Üner Tan.

Anos depois, um documentário da BBC apresentou uma abordagem mais biológica e empática em relação à condição da família. Com um estudo não publicado de Tan em mãos e uma equipe de filmagens, o documentário acompanhou a rotina de quatro irmãs – Safiye, Hacer, Senem e Emine – e um irmão, Hüseyin. Eles levam vidas normais, apesar do seu curioso modo de andar. O pai da família quadrúpede, Resit, relatou que não gosta quando se comparam a “macacos”, como a pesquisa original de Tan sugere.

A casa da família tem barras paralelas instaladas para ajudar os filhos afetados pela condição a se locomoverem e praticarem exercícios físicos.

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