EUA, Europa e Japão enfrentam ondas de calor extremo
A nível mundial, mês passado foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos
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Estados Unidos, Europa, Japão e outras parte do planeta devem registrar recordes de calor neste fim de semana, o que obrigou as autoridades a tomarem medidas drásticas diante dos riscos que representam essas temperaturas extremas, o exemplo mais recente das ameaças das mudanças climáticas.
Na Itália, o Ministério da Saúde emitiu alerta vermelho neste sábado (15) para diversas cidades do centro do país.
Em Roma, a capital, há previsão de temperaturas entre 36 e 37°C a partir do domingo. Os termômetros devem continuar subindo nos próximos dias, até alcançarem entre 42 e 43°C na terça-feira, quebrando o recorde de 40,5°C registrado em agosto de 2007.
O centro meteorológico italiano CNI emitiu um alerta para "a onda de calor mais intensa do verão [hemisfério norte] e uma das mais intensas de todos os tempos".
As equipes médicas já estão mobilizadas em todo o país para atender as pessoas que sofram de desidratação.
Riscos de incêndio
A nível mundial, o mês passado foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais, recordou a OMM. No verão do ano passado, apenas na Europa, as fortes temperaturas provocaram mais de 60.000 mortes, com 18.000 vítimas fatais na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature Medicine.
Além disso, a onda de calor aumenta o risco de incêndio.
Na Grécia, que registrou grandes incêndios florestais em 2021, as autoridades alertaram para o risco elevado de novos incidentes.
Na América do Norte, o verão é marcado por uma série de catástrofes meteorológicas. A fumaça de mais de 500 focos de incêndios fora de controle no Canadá provocou vários episódios de poluição atmosférica que afetaram diversas áreas do nordeste dos Estados Unidos em junho.