113 Anos do Naufrágio do Titanic: Uma tragédia que virou inspiração
O acidente inspirou diversas obras
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Nesta segunda-feira (14), o mundo relembra os 113 anos do naufrágio do Titanic, o transatlântico que colidiu com um iceberg na noite de 14 de abril de 1912, resultando na morte de cerca de 1.500 pessoas. Considerado “inafundável”, o navio tornou-se um símbolo de arrogância tecnológica e tragédia humana, mas também uma fonte inesgotável de inspiração para obras artísticas, aventuras exploratórias e debates culturais. De filmes a livros, passando por expedições arriscadas, o Titanic continua a fascinar diversos entusiastas.
Entre as obras que eternizaram o navio, destaca-se Titanic (1997), de James Cameron, erroneamente citado como de 1999 em algumas referências. O épico romântico, estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, venceu 11 Oscars e arrecadou mais de US$ 2 bilhões, tornando-se um fenômeno cultural. A mistura de rigor histórico com a ficção do amor entre Jack e Rose capturou o drama humano do naufrágio, inspirando gerações e mantendo-se relevante, com relançamentos em 3D e 4K, como o de 2023, disponível em plataformas como Netflix e Hulu. Críticas na Los Angeles Times elogiam sua capacidade de “manter o fandom vivo”, enquanto fãs no X celebram o filme como “um clássico que nunca envelhece”.
Nem todas as produções, porém, alcançam tal aclamação. Titanic 666 (2022), dirigido por Nick Lyon e lançado pela The Asylum, tentou capitalizar o 110º aniversário do naufrágio com uma abordagem de terror sobrenatural. Ambientado no fictício Titanic III, o filme mostra passageiros enfrentando forças sombrias no local do naufrágio original. Lançado no Tubi, recebeu críticas severas: Waldemar Dalenogare Neto deu nota 1/10, chamando-o de “mau gosto” por trivializar uma tragédia, enquanto a Paste o descreveu como “excessivamente sério para seu próprio bem”. Usuários no X ironizaram a semelhança com o clássico de Cameron, classificando-o como “uma paródia mal-executada”.
O fascínio pelo Titanic também impulsiona aventuras reais, muitas vezes com desfechos trágicos. Em 18 de junho de 2023, o submersível Titan, operado pela OceanGate, implodiu durante uma expedição ao naufrágio, matando seus cinco ocupantes, incluindo o bilionário Hamish Harding e o CEO Stockton Rush. A tragédia, amplamente coberta pela Reuters e BBC, expôs os riscos da exploração turística em alto mar, com críticas à falta de certificação do submersível, que usava materiais como fibra de carbono inadequados para profundidades de 3.800 metros. No X, o caso gerou debates sobre a “obsessão perigosa” pelo Titanic, enquanto o bilionário Larry Connor anunciou em 2024 planos para uma nova expedição com um submersível certificado, visando provar que tais viagens podem ser seguras.
O Titanic permanece um espelho da condição humana, refletindo tanto o desejo de superar limites quanto as consequências de subestimar a natureza. Suas histórias fictícias, como o romance de Cameron, emocionam milhões, enquanto obras menores, como Titanic 666, mostram tentativas nem sempre bem-sucedidas de explorar seu legado. Já as expedições reais, marcadas por tragédias como a do Titan, reforçam os perigos de transformar o naufrágio em aventura comercial. Como disse um usuário no X, “o Titanic é mais que um navio; é um alerta que ecoa”.