Nova Libertadores? Campeonato estadual poderá contar com times de fora do país

Nesta semana, rumores sobre a possível participação de Nacional e Peñarol no Campeonato Gaúcho de 2026 causaram um alvoroço no cenário esportivo sul-americano. A ideia, apresentada por Ignacio Ruglio, presidente do Peñarol, sugere que os dois gigantes uruguaios utilizem o torneio como uma preparação intensa para competições internacionais, como a Copa Libertadores. Segundo Ruglio, o formato curto do Campeonato Gaúcho, disputado ao longo de dois meses, seria ideal para garantir ritmo de jogo e experiência competitiva às equipes, além de trazer benefícios financeiros e aumentar a visibilidade do estadual.

No entanto, o entusiasmo pela proposta esbarra em desafios significativos. De acordo com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), a inclusão de Nacional e Peñarol na competição exigiria que ambos os clubes se desfiliem da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), regularizem sua situação jurídica no Brasil, criem um CNPJ local e se filiem à federação gaúcha, começando na terceira divisão estadual. Essas exigências, somadas ao impacto jurídico e logístico, tornam o projeto complexo e de difícil execução.

Apesar disso, alternativas começaram a ser discutidas nos bastidores. Uma das possibilidades levantadas seria a realização de um torneio internacional de integração entre clubes do Rio Grande do Sul e do Uruguai, um formato que poderia evitar os entraves legais e, ao mesmo tempo, promover o intercâmbio esportivo e cultural entre os dois países. Ignacio Alonso, presidente da AUF, mostrou-se aberto à ideia, destacando o potencial de colaboração entre as federações de futebol.