Ex-treinador do Bahia é chamado de burro após empate com Tricolor no Brasileirão

O ex-treinador do Bahia, Renato Paiva viveu momentos de tensão com a torcida do Botafogo na noite de quarta-feira (16), durante o empate em 2 a 2 com o São Paulo, no Estádio Nilton Santos, pela quarta rodada do Brasileirão 2025. A substituição do volante Gregore, também ex-Bahia, por Patrick de Paula, aos 18 minutos do segundo tempo, quando o time perdia por 2 a 1, desencadeou uma onda de protestos. Torcedores vaiaram e gritaram “burro”, deixando mais do que clara a insatisfação dos botafoguenses com a decisão tática do português, que enfrenta seu segundo jogo consecutivo sem vitória no comando do Glorioso. A revolta, que ecoou nas arquibancadas e nas redes sociais e reacendeu memórias de sua passagem conturbada pelo Bahia em 2023, onde também foi alvo de críticas semelhantes.

Paiva foi contratado pelo Botafogo em fevereiro de 2025 para substituir Artur Jorge, soma seis jogos no clube, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas, incluindo um amistoso. Apesar de momentos de bom futebol, como os gols de Savarino e Igor Jesus contra o São Paulo, a instabilidade defensiva e a falta de consistência têm irritado os torcedores. Nas redes sociais, a hashtag #ForaPaiva ganhou força, com comentários como “Esse pardal destruiu o sistema defensivo do Botafogo” e pedidos pelo retorno de Luís Castro, ex-técnico do clube. A substituição de Gregore por Patrick de Paula, vista como arriscada, foi o estopim para as críticas, embora Paiva tenha defendido suas escolhas, afirmando que a equipe melhorou após a mudança e criou chances suficientes para vencer.

O cenário remete à passagem de Paiva pelo Bahia, onde, apesar de conquistar o Campeonato Baiano de 2023, enfrentou forte rejeição da torcida. Na época, ele também foi chamado de “burro” e criticado por decisões táticas, culminando em sua saída em setembro de 2023, após uma montagem nas redes sociais com orelhas de burro que o magoou profundamente.

Em entrevista após o jogo contra o São Paulo, Paiva adotou um tom diferente, reconhecendo o direito da torcida de se manifestar: “A torcida é soberana, tem direito a criticar. Eu tomo decisões em consciência para melhorar a equipe”. A declaração contrasta com sua postura no Bahia, onde chegou a questionar o “excesso” nas críticas, o que acabou aumentando a tensão entre as torcidas tricolores, principalmente a BAMOR contra o treinador português.