Arbitragem: Corinthians e Flamengo ficam na bronca na final da Copa do Brasil
Torcedores, treinadores e jogadores de ambos os times não aprovaram atuação de Bráulio da Silva Machado e Rodrigo Ferreira
Foto: Reprodução/TV Globo
Corinthians e Flamengo empataram sem gols no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, mas o assunto que mais repercutiu foi novamente a atuação da arbitragem em alguns lances capitais. Ambos os times saíram na bronca com o juiz Bráulio da Silva Machado, e também com o VAR, que era Rodrigo Ferreira.
Apesar de ter elogiado a arbitragem no geral, o técnico Dorival Júnior reclamou do critério de cartões de Bráulio Machado. Após João Gomes receber amarelo por uma falta cometida em cima de Fagner, o volante foi suspenso e perdeu o direito de disputar o jogo da volta. Sem especificiar os lances, Dorival ainda citou outros dois momentos em que o árbitro, no entendimento dele, deixou de mostrar cartões para jogadores do Timão.
“Foi boa arbitragem. Na minha opinião ele foi rigoroso nesse lance do João. Não tinha necessidade e tira um jogador importante da decisão. E deixou de dar dois cartões ao Corinthians. Mas foi segura. O lance do pênalti é discutível. Era movimento natural e espontâneo”, disse Dorival Júnior.
Já o próprio atleta do Mengão, foi mais acintoso em demonstrar toda sua revolta nas redes sociais. João Gomes fez uma postagem no seu perfil do Twitter, sem poupar palavras ao criticar Bráulio Machado: "Horrível, sem critério, tendencioso e fraco. Só deu cartão porque caiu na pressão, isso monstra que não tá preparado pra apitar uma final desse tipo. Impressionante a incompetência e a inresponsabilidade de tirar um jogador da final", disparou o flamenguista.
Contudo, as queixas não foram exclusivas pelo lado rubro-negro. Torcedores, atletas e o treinador Vitor Pereira não conseguiram digerir a não marcação de um pênalti que teria sido cometido por Léo Pereira. A bola bate no braço do zagueiro do Flamengo, mas o VAR intepretou como movimento natural e não recomendou revisão para a arbitragem de campo.
"Hoje vou falar [de arbitragem]. Se foi pênalti? [risos irônicos]. Foi um jogo equilibrado, momentos em que tivemos por cima, outros que o Flamengo esteve por cima. Equipes que se respeitaram, um jogo disputado, cada um com seus argumentos. Agora, o que não consigo entender é que, primeiro, o seu Braulio Machado não viu o segundo amarelo claro ao João Gomes, mas o Dorival viu e logo o tirou. Depois, o seu Rodrigo D'Alonso não conseguiu ver o VAR, com toda a tecnologia disponível, que aquela bola bate no braço, impede que a bola chegue no Giuliano. Ele nem sequer chamou para análise. Para mim, nessas duas decisões, saíram lesados mais de 30 milhões de corintianos. É preciso falar disso. Quero que se fale disso, não é para esconder. Não faço a mínima ideia [porque acontece isso]. Foram dois erros claros em uma final", questionou o comandante português.
"Na minha barriga era capaz de bater, porque tenho um pouco, mas na dele não vi, é magrinho, não bateu. Eu vi as imagens, duas, três vezes, para mim é claro [que foi pênalti]. Não bateu em barriga, coxa, nada, bateu diretamente no braço. Foram dois erros claros de arbitragem que nos prejudicaram", ironizou o técnico corintiano.
Especialistas em arbitragem tiveram opiniões diferentes sobre o lance. Durante transmissão da partida pela TV Globo, o comentarista Sálvio Spínola, da Central do Apito, disse que a arbitragem acertou ao não marcar pênalti: "Para mim, o Léo está num movimento natural. Ele faz o movimento para recolher o braço e não uma ação de bloqueio. Está com o braço baixo e movimento natural".
Já Sandro Meira Ricci, que comentava a partida no Sportv, teve outra interpretação: "O braço está afastado do corpo. Não é, obviamente uma mão intencional, mas o braço está afastado do corpo. Com a ampliação do espaço, (a bola) acaba batendo no braço. Para mim, foi pênalti".
Agora, Flamengo e Corinthians decidem o título da competição no Maracanã. O jogo da volta será realizado na próxima quarta-feira (19), novamente às 21h45.
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