Ana Vieira rompe o silêncio após expulsão das Olimpíadas Paris 2024

Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a nadadora Ana Carolina Vieira e seu namorado, Gabriel Santos, ambos atletas do Pinheiros, enfrentaram uma situação conturbada que resultou em penalidades por parte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Na última sexta-feira, 26 de julho, o casal deixou a Vila Olímpica sem autorização e, enquanto Gabriel foi apenas advertido, Ana Carolina foi expulsa devido a uma combinação de indisciplina e desrespeito às decisões técnicas da comissão de natação.

Em sua defesa, Ana Carolina explicou que o deslocamento até a Torre Eiffel, onde foram registrar a visita aos aros olímpicos, foi realizado de acordo com a logística segura fornecida pela organização do evento. "Erramos em não realizar a comunicação da maneira adequada como manda a Cartilha do Esporte Seguro, portanto fomos advertidos", afirmou o namorado da atleta. Ele argumentou que o transporte usado foi o mesmo disponível para outros deslocamentos diários, e que a comunicação formal parecia desnecessária.

Ana Vieira, que retornou ao Brasil após o desligamento, usou suas redes sociais para expressar sua indignação e desamparo. Em um desabafo, ela afirmou que a decisão de expulsá-la foi precipitada e defendeu sua postura, alegando que vai provar sua inocência quanto à acusação de má conduta. "Graças a Deus vou provar que não tive má conduta nenhuma. A partir do momento que saí da sala, minha cara já estava em todas as páginas possíveis", disse Ana em sua publicação.

Além das questões de indisciplina, Ana revelou em sua fala um grave problema que enfrentou: a denúncia de assédio sexual dentro da seleção. Segundo a nadadora, apesar de ter registrado a queixa, o COB não tomou medidas eficazes para resolver a situação. "Já fiz uma denúncia de assédio sexual dentro da seleção e nada foi resolvido", lamentou a atleta, que prometeu detalhar os eventos com seus advogados.

A expulsão de Ana Carolina Vieira ocorreu após a violação das regras e o confronto direto com a comissão técnica. A atleta havia contestado de maneira agressiva a decisão sobre o revezamento da prova 4x100 metros livre, o que agravou ainda mais a sua situação. Gabriel Santos, por outro lado, permaneceu em Paris e continuou competindo sob uma advertência.

O chefe da equipe de natação, Gustavo Otsuka, comentou sobre o ocorrido, ressaltando a importância de manter o foco e a seriedade nas competições. "Todos sabem que viemos trabalhar, e trabalhar pelo Brasil, não para passeio de férias, nem para brincar", disse Otsuka. A equipe brasileira continua a competição em Paris enquanto a controvérsia em torno de Ana Carolina e suas acusações permanece no centro das atenções.

 

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