Parceiro de longa data, Roberto Carlos lamenta morte de Erasmo: "Grande irmão"
Melhor amigo do 'Tremendão' emociona na última mensagem em homenagem ao cantor
Foto: Reprodução / TV Globo
Maior parceiro musical de Erasmo Carlos, o cantor Roberto Carlos se pronunciou nas redes sociais após a morte do amigo, nesta terça-feira (22). O 'Tremendão' morreu aos 81 anos, após um quadro de paniculite agravado por sepse de origem cutânea.
Na publicação, Roberto lamentou a partida do 'irmão camarada', a quem se referiu como ídolo, e disse que sua dor neste momento é muito grande. A amizade rendeu uma das mais maiores parcerias da história da música brasileira, com mais de 500 canções escritas em conjunto. Entre os clássicos mais populares, estão as músicas 'Detalhes', 'Quero que vá Tudo para o Inferno', e 'Sentado à Beira do Caminho'.
"Um ser humano maravilhoso esse meu irmão. É um privilégio para mim ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Difícil encontrar palavras para falar desse cara: o meu amigo Erasmo Carlos. Ele viverá sempre em meu coração. Que o nosso Deus de bondade o proteja e o abençoe sempre. Amém, amém, amém", escreveu o 'Rei' da música.
Pioneiro do rock brasileiro
Nascido em 5 de junho de 1941, no Rio de Janeiro, Erasmo Esteves cresceu na Tijuca, zona norte da cidade, onde viria a conhecer e se tornar parceiro de outros importantes nomes da MPB, como Tim Maia, Roberto Carlos e Jorge Ben Jor.
Na adolescência, gostava de se reunir com a turma no Bar do Divino, na Rua do Matoso — época em que decidiu começar seu próprio grupo.
Ao lado de outros tijucanos, cantou com os Snakes, conjunto que durou até 1961. Sem acreditar que conseguiria seguir sozinho na música, Erasmo resolveu trabalhar como assistente de Carlos Imperial. Pouco depois, o apresentador e produtor o ajudou a dar o próximo passo rumo a outro conjunto musical.
Nos anos 1960, Erasmo compôs diversas músicas em parceria com Roberto Carlos. Alguns desses sucessos seriam gravados pelos dois em seus discos em carreira solo. Assim, Erasmo também se tornaria um dos nomes pioneiros do rock brasileiro.
Antes de seguir carreira solo, o artista ainda fez parte da banda Renato e Seus Blue Caps e participou da Jovem Guarda com os amigos Roberto Carlos e Wanderléa.
Em toda sua carreira, foi autor de mais de 600 músicas e de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu”, “É proibido fumar”, e as famosas "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba".
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