Mercado financeiro respira e dólar volta a cair
A moeda americana chegou aos R$ 5,80
Foto: Reprodução/Freepik
O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de trégua nesta quinta-feira (17), por conta de declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sinalizou a possibilidade de um acordo comercial com a China e avanços em negociações com outros países. O dólar comercial, que abriu em alta, chegando a R$ 5,89, recuou ao longo do dia e fechou a R$ 5,804, uma queda de 1,03% (R$ 0,06), marcando o menor nível desde 3 de abril, segundo dados da B3. Apesar da valorização de 1,75% em abril, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 6,08% em 2025. A perspectiva de alívio nas tensões comerciais globais trouxe otimismo aos investidores, reduzindo a busca por ativos seguros como o dólar.
A bolsa brasileira também refletiu o clima positivo. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 1,04%, encerrando o pregão a 129.650 pontos, o maior patamar desde 3 de abril. Após operar em queda na primeira hora, o índice inverteu a trajetória ainda pela manhã, acompanhando o desempenho de Wall Street, onde o S&P 500 avançou 0,62%. A alta foi sustentada pelo desempenho de empresas ligadas a commodities, como Vale (VALE3), que subiu 1,97% com a recuperação do minério de ferro, e Petrobras (PETR4), que ganhou 1,45% em meio à valorização do petróleo. O volume financeiro do pregão atingiu R$ 22,8 bilhões, sinalizando forte movimentação no mercado acionário.
O alívio nos mercados veio após semanas de volatilidade desencadeada pelas tarifas impostas por Trump, que chegaram a 125% sobre produtos chineses, gerando temores de uma guerra comercial global e recessão. A China, maior importadora de commodities como minério de ferro e soja, retaliou com taxas de até 84%, impactando negativamente os preços dessas matérias-primas. Nesta quinta, porém, o barril de petróleo Brent, referência internacional, subiu 2,51%, cotado a US$ 66,68, enquanto o minério de ferro avançou 0,92% em Dalian, a US$ 97,68 por tonelada. Esses ganhos beneficiaram países emergentes como o Brasil, cuja economia depende da exportação de bens primários.