Lula indica possível apagão no orçamento em 2027
O valor disponível não comporta as obrigações do Executivo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O governo Lula enviou, nesta terça-feira (15) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) referente a 2026. O texto também versa sobre a expectativa de gastos para os próximos três anos, o que engloba 2027. No documento, o risco de um possível apagão orçamentário para as despesas a partir de 2027, quando terá início um novo mandato presidencial, foi questionado. O assunto, que tem sido tratado internamente, já foi comentado por nomes da equipe econômica do Palácio do Planalto.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, dois fatores colaboram para a possível ausência de recursos para suprir os gastos obrigatórios do Planalto: os precatórios previstos no arcabouço fiscal, sucessor do teto de gastos, e as emendas parlamentares.
Pelas projeções do governo, os gastos discricionários, não obrigatórios, devem sair de R$ 208,3 bilhões em 2026 para R$ 122,2 bilhões em 2027. Desses recursos, cerca de R$ 56,5 bilhões estariam reservados para despesas de emendas.
O presidente Lula ou seu sucessor, caso o petista não seja reeleito em 2026, deve contar com apenas R$ 65,7 bilhões para despesas da União. A projeção de orçmento 'apertado' foi confirmada pelo secretário federal do Ministério do Planejamento, Clayton Montes.
"Para 2027, o número é bastante comprometedor. Já comprometeria a realização de políticas públicas. O valor não comporta todas as necessidades do Poder Executivo", destacou em conversa recente com a imprensa.