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Travesti que empurrou adolescente alega que sofreu transfobia

Travesti que empurrou adolescente alega que sofreu transfobia

Mãe da adolescente afirmou que o ataque teria acontecido por motivação política

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Twitter

“Estou recebendo muitas ameaças e tenho medo de sair de casa”, disse Flordelis Brito, de 27 anos. Ela apareceu em um vídeo empurrando uma adolescente em um supermercado, no bairro de São Caetano, em Salvador. O caso aconteceu no dia 19 de janeiro e foi filmado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

Flordelis alega uma versão do caso bem diferente do que repercutiu, em que a mãe da adolescente afirma que a agressão teria sido motivada por conta da sua filha usar um boné com uma frase do hino nacional e o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ela, a motivação veio por conta de ofensas transfóbicas disparadas pela garota.

“Eu fui na padaria comprar um lanche com minha irmã. Quando cheguei lá, eu não vi que ela (a adolescente) estava na fila e pedi um hambúrguer. Depois disso, ela foi e gritou: 'estou na fila, viado'. Eu pedi que ela me respeitasse e ela, em seguida, ficou olhando para minha irmã que tem deficiência mental e começou a dar risada”, contou Flordelis em entrevista para o BNews. Ela também descartou ter agredido a adolescente

“Ela estava com alguma coisa na mão e eu achei que fosse um celular. Achei que ela estava gravando. Foi nesse momento que eu partir para tomar o celular da mão dela. Eu não agredi ela. Meu intuito era apagar o vídeo que achei que ela estivesse gravando”, explicou. Ela também acrescentou que não faz militância política. “Eu não faço parte de nenhum partido”.

Flordelis conta que passou a receber ameaças e só foi sair novamente de casa nesta terça-feira (15) para realizar uma denúncia no Ministério Público da Bahia (MP-BA).

“Eu tomo remédio controlado. Tenho depressão. Estou recebendo muitas ameaças. Inclusive, fui ameaçada pelo padrasto da garota”, revelou.

A mãe da adolescente registrou um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia Territorial, no bairro de São Caetano, e o caso é monitorado pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca).

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