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Sargento preso em operação contra atos golpistas deixa Batalhão de Choque na BA

Sargento preso em operação contra atos golpistas deixa Batalhão de Choque na BA

Suspeito já foi vereador do município de Feira de Santana; ele estava preso desde o dia 17 de março

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O sargento da reserva da Polícia Militar Josafá Ramos deixou o Batalhão de Choque da corporação, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Ele estava preso desde o dia 17 de março, por suspeita de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília (DF). Ramos é ex-vereador de Feira de Santana.

Ele foi alvo da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que cumpriu 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão em todo o Brasil. A PF apreendeu o celular do ex-vereador, mas não entrou em detalhes quanto a sua participação nos atos.

Segundo o advogado Hércules Oliveira, que representa Josafá, a liberdade foi concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 2 de maio. O ex-vereador, contudo, precisou aguardar até sábado (6), para deixar o Batalhão de Choque, porque só poderia sair com tornozeleira eletrônica.

"A prisão preventiva foi revogada no dia 2, às 21h, mas, por questões técnicas e burocráticas só foi cumprida ontem. Existia um equívoco na decisão, pois, determinava que a tornozeleira deveria ser colocada em Brasília", comentou o jurista.

Josafá chegou em Feira de Santana às 20h30 e está na casa onde mora com a família. Além do uso da tornozeleira, ele também teve o porte de arma suspenso e precisou devolver o passaporte. 

O ex-vereador se comprometeu a comparecer semanalmente à Vara de Execuções Penais de Feira e foi proibido de:

  • Sair da comarca sem ordem judicial;
  • Manter contato com outros investigados;
  • Sair de casa à noite, nos fins de semana e feriados;
  • Usar redes sociais.

"Todas as medidas cautelares previstas pelo STF foram cumpridas. Ele vai responder ao processo em liberdade e agora vamos aguardar os próximos passos, para vermos qual linha que a defesa vai seguir", disse o advogado.

O ex-vereador de Feira de Santana costumava fazer publicações em apoio ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na parte destinada à biografia, ele escreveu: "E se for crime não aceitar ladrão na frente da nação?".

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