Polícia acredita que atirador que matou aluna cadeirante anunciou massacre
O estudante está internado em estado grave depois de ser baleado por uma pessoa ainda não identificada
Foto: Reprodução/
O atirador que matou a aluna cadeirante de 20 anos, na cidade de Barreiras, na Bahia, também estudava na escola cívico-militar Eurides Sant'Anna e teria feito uma postagem em um perfil extremista falando sobre o plano de massacre na unidade de ensino. Nele, o jovem, de apenas 14 anos, se identificava como um "ser iluminado" e que iria descarregar sua ira em "um ato sanguinolento", a postagem foi feita três dias antes do crime, que a polícia acredita ter sido escrito pelo jovem, ele deixa claro seu desprezo pela vida humana.
"Eu vivi com meu pai na maior parte da minha vida, pois meus pais eram separados e não tinham nenhum sentimento mútuo. Desde pequeno sentia-me superior aos demais, alimentava nojo e ódio de grupos do meu convívio, simplesmente não aceitava estar no mesmo lugar que eles, sentia que merecia mais, ou eles mereciam menos, o que importava era estar por cima", afirmou.
O estudante está internado em estado grave depois de ser baleado por uma pessoa ainda não identificada.
Nos tuítes do estudante, ele fala do ódio à escola, onde passou a estudar quando se mudou para Barreiras. De acordo com a Secretaria de Educação, ele era um aluno faltoso. "A cada dia que vou à escola, sinto-me subjugado, se misturar com eles é nojento, é estupidamente grotesco, sinto ânsia de vômito quando um deles me tocam (sic). Sou puro em essência, mereço mais que isso, sou sancto". E continua: "Saí da capital do Brasil para o merdeste, e nunca pensei que aqui fosse tão repugnante. Lésbicas, gays e marginais aos montes acham que são dignos de me conhecer e de conhecer minha santidade. Os farei clamar pela minha misericórdia, sentirão a ira divina".