PF deflagra operação para impedir grande plano de fuga de Marcola, chefe do PCC
Polícia Federal e Depen prendem integrantes da facção que planejavam resgatar o líder da facção; ao menos, quatro advogados foram detidos por suspeita de ajudar a organização
Foto: Reprodução/Depen
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (10) para desarticular o grande plano de fuga do Primeiro Comando da Capital (PCC) para libertar presos nas penitenciárias federais de Brasília e Porto Velho, entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder da facção e que foi transferido para a capital de Rondônia em março deste ano.
Na ocasião, a organização criminosa tinha planejado o sequestro de autoridades policiais do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para trocá-las por detentos. Pelo menos quatro advogados foram presos sob a suspeita de colaborar com o plano do PCC por meio de uma rede de comunicação.
Segundo as investigações, esses profissionais extrapolavam as suas atividades legais ao transmitirm tanto as cobranças dos custodiados, quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.
Além de sequestrar as autoridades do Depen, o plano de resgate do PCC envolvia a realização de atentados contra instalações do órgão para conseguir a soltura de criminosos detidos nas penitenciárias federais.
Esposa de Marcola, Cynthia Giglioli da Silva, mulher é um dos alvos de busca e apreensão, em Alphaville, na capital paulista.
Além de Marcola, a organização criminosa planejavam resgatar Edmar Santos, Cláudio Barbará da Silva, Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santo e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.
Cláudio Barbará é um dos principais nomes do PCC e cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. Ele já foi conhecido como “vice-chefe” da facção e é considerado principal peça da “sintonia final dos estados e países”, como é chamada a cúpula do PCC. Recentemente, o criminoso precisou passar por uma cirurgia nos olhos, no Hospital Universitário de Brasília (HUB), sob forte aparato de segurança.
Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em três unidades da Federação: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (capital, Santos e Presidente Prudente).