Pasta dos Povos Indígenas cria gabinete de crise para acompanhar conflitos na BA
Medida foi adotada diante do assassinatos de dois jovens pataxós, na cidade de Itabela, na terça-feira (17)
Foto: Reprodução/TV Santa Cruz
Um gabinete de crise instalado pelo Ministério dos Povos Indígenas acompanhará a situação de conflitos na região do extremo sul da Bahia. A medida foi adotada por determinação de Sônia Guajajara, titular da pasta, diante dos assassinatos dos pataxós Nawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21, mortos a tiros na cidade de Itabela, na última terça-feira (17). Os dois eram primos e foram alvejados quando saiam de uma fazenda ocupada por um grupo de indígenas em processo de retomada.
Conforme portaria assinada por Guajajara, o gabinete terá duração de 60 dias.
"Perdemos dois jovens Pataxó em virtude de conflito por terra e luta por demarcação. A minha primeira agenda do dia será com lideranças indígenas do Extremo Sul da Bahia. Acompanharei de perto o que vem acontecendo na região e irei requisitar ação imediata do Estado", postou a ministra no Twitter um dia depois do duplo homicídio.
O gabinete de grise será composto pela ministra Guajajara e por representantes da secretaria-executiva da pasta, da secretaria de Direitos Territoriais Indígenas; do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Indígenas; Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ainda serão convidados a compor o grupo um represente do Ministério da Justiça, do Governo do Estado da Bahia, da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal, do Conselho Nacional de Direitos Humanos e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.