ONU cobra investigação completa sobre a morte de Genivaldo Santos em Sergipe
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu após abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal, que o colocaram numa espécie de "câmara de gás"
Foto: Ascom
O escritório de Direitos Humanos da ONU para a América do Sul soltou um comunicado em seu portal na internet exigindo uma investigação "célere e completa" a respeito da morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal, no município de Umbaúba em Sergipe. Os agentes colocaram a vítima numa espécie de "câmara de gás" montada em uma viatura, onde Genivaldo morreu asfixiado.
“A morte de Genivaldo, em si chocante, mais uma vez coloca em questão o respeito aos direitos humanos na atuação das polícias no Brasil”, disse Jan Jarab, chefe do escritório.
Conforme Jarab, é fundamental que as apurações estejam de acordo com as normas internacionais de direitos humanos e que os policiais responsáveis não saiam impunes.
“A violência policial desproporcionada não vai parar até as autoridades tomarem ações definitivas para combatê-la, como a perseguição e punição efetiva de qualquer violação de direitos humanos cometida por agentes estatais, para evitar a impunidade", disse.
Ele ainda defendeu a necessidade de ampliar a formação em direitos humanos para as polícias no Brasil, inclusive no combate dos estereótipos negativos contra as pessoas afrodescendentes, assim como na abordagem de pessoas com doenças psiquiátricas.
Os agentes da PRF confessaram que usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo dentro da viatura. Eles foram afastados das funções.